Um pouco sobre Baleias e Golfinhos – Parte I

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Fonte: infoescola.com.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Fonte: infoescola.com.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Foto: Leo Francini.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Foto: Leo Francini.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Foto: Pedro Madruga

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Foto: Pedro Madruga

Baleia-azul (Balaenoptera musculus). Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleia-azul (Balaenoptera musculus). Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei). Foto: Leo Francini

Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei). Foto: Leo Francini

Baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus). Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus). Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata). Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata). Fonte: saudeanimal.com.br.

Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). Foto: Leo Francini.

Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). Foto: Leo Francini.

Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). Foto: Leo Francini.

Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). Foto: Leo Francini.

Orca (Orcinus orca). Fonte: Wikipedia

Orca (Orcinus orca). Fonte: Wikipedia

Orca (Orcinus orca). Fonte: saudeanimal.com.br.

Orca (Orcinus orca). Fonte: saudeanimal.com.br.

Golfinho-de-dentres-incompletos (Steno bredanensis). Fonte: saudeanimal.com.br.

Golfinho-de-dentres-incompletos (Steno bredanensis). Fonte: saudeanimal.com.br.

Narval (Monodon monoceros). Fonte: saudeanimal.com.br.

Narval (Monodon monoceros). Fonte: saudeanimal.com.br.

Narval (Monodon monoceros). Fonte: oversodoinverso.com.be

Narval (Monodon monoceros). Fonte: oversodoinverso.com.be

Beluga (Delphinapterus leucas) Fonte: saudeanimal.com.br.

Beluga (Delphinapterus leucas) Fonte: saudeanimal.com.br.

Golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica) Fonte: Wikipedia

Golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica) Fonte: Wikipedia

Boto-do-índico (Neophocaena phocaenoides) Fonte: Wikipedia

Boto-do-índico (Neophocaena phocaenoides) Fonte: Wikipedia

Cachalote (Physeter macrocephalus) Fonte: saudeanimal.com.br.

Cachalote (Physeter macrocephalus) Fonte: saudeanimal.com.br.

Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga

Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga

Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga

Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga

Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) Fonte: globoamazonia.com

Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) Fonte: globoamazonia.com

Balea-de-bico-baird (Berardius bairdii). Fonte: saudeanimal.com.br.

Balea-de-bico-baird (Berardius bairdii). Fonte: saudeanimal.com.br.

Detalhe da barbatana de um misticeto. Fonte: oocities.org

Detalhe da barbatana de um misticeto. Fonte: oocities.org

Baleia-franca (Eubalaena sp.). Foto: Leo Francini

Baleia-franca (Eubalaena sp.). Foto: Leo Francini

Baleia-franca (Eubalaena sp.). Foto: Leo Francini

Baleia-franca (Eubalaena sp.). Foto: Leo Francini

Baleia-franca (Eubalaena sp.) Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleia-franca (Eubalaena sp.) Fonte: saudeanimal.com.br.

Baleias e golfinhos são os animais mais carismáticos dos oceanos. Confiram o texto da oceanógrafa Renata Porcaro sobre a classificação desses incríveis animais:

Trabalho com coletas de dados oceanográficos e, quando estou embarcada, o encontro com golfinhos deixa o trabalho muito prazeroso! Na semana passada, durante as coletas, nos deparamos com dois grupos de golfinhos e uma baleia Minke. Nunca tinha visto uma baleia tão de perto, e ela me hipnotizou com sua natação e sua respiração.

Não sou especialista, mas assim como qualquer pessoa, sou fascinada por esses animais. Por isso resolvi pesquisar e escrever um pouco para vocês para apresentar os principais grupos de cetáceos, com muitas ilustrações e fotos nesta primeira parte da matéria. Na segunda parte vou abordar os problemas e desafios que algumas espécies enfrentam para sobreviver e os impactos que causamos sobre as populações.

Os cetáceos são mamíferos marinhos, ou seja, seus filhotes crescem dentro de uma placenta no interior do corpo da mãe e são alimentados com leite produzido por ela durante os primeiros meses de vida. A gestação varia de espécie para espécie. São divididos em dois grupos principais: Misticetos e Odontocetos.

– Misticetos: chamadas “baleias verdadeiras”. Capturam alimentos por meio de barbatanas, estruturas semelhantes a filtros que retém pequenos moluscos, crustáceos e peixes que vivem em cardumes. São de médio ou grande porte e podem pesar até 150 toneladas.

Detalhe da barbatana de um misticeto. Fonte: oocities.org
Detalhe da barbatana de um misticeto.
Fonte: oocities.org

Quase todas as espécies migram para aguas frias e polares, que concentram grande quantidade de alimento, durante o verão e parte do outono, e no inverno reproduzem-se em águas tropicais. Há 13 espécies conhecidas neste grupo, dividas em 4 famílias:

1. Família Balaneidae (Baleias-Francas): primeiras caçadas pelo homem por ter hábito costeiro e grande quantidade de gordura.

Baleia-franca (Eubalaena sp.).  Foto: Leo Francini
Baleia-franca (Eubalaena sp.).
Foto: Leo Francini
Baleia-franca (Eubalaena sp.).  Foto: Leo Francini
Baleia-franca (Eubalaena sp.).
Foto: Leo Francini
Baleia-franca (Eubalaena sp.) Fonte: saudeanimal.com.br.
Baleia-franca (Eubalaena sp.)
Fonte: saudeanimal.com.br.

2. Família Balaenopteridae  (Baleia-jubarte, Baleia-de-bryde, Baleia-azul): possuem uma série de pregas ventrais na região da garganta, as quais se expandem para permitir que grandes quantidades de alimento sejam ingeridas.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Fonte: infoescola.com.
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Fonte: infoescola.com.
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).  Foto: Leo Francini.
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Foto: Leo Francini.
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). Foto: Pedro Madruga
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Foto: Pedro Madruga
Baleia-azul (Balaenoptera musculus). Fonte: saudeanimal.com.br.
Baleia-azul (Balaenoptera musculus).
Fonte: saudeanimal.com.br.
Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei).  Foto: Leo Francini
Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei).
Foto: Leo Francini

3. Família Eschrichtidae  (baleias-cinzentas): habitam apenas o Hemisfério Norte. Atualmente existem apenas no Oceano Pacífico, pois a população do Atlântico foi extinta pela caça, ainda no século XVIII.

Baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus). Fonte: saudeanimal.com.br.
Baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus).
Fonte: saudeanimal.com.br.

4. Família Neobalaenidae (apenas baleia-franca-pigméia): habita mares temperados do Hemisfério Sul. São raras e também os menores misticetos do mundo, medindo no máximo 6 metros de comprimento.

Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata). Fonte: saudeanimal.com.br.
Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata).
Fonte: saudeanimal.com.br.

– Odontocetos: capturam alimentos com os dentes, como golfinhos de água doce e salgada, orca e cachalote. São animais de pequeno ou médio porte, com exceção da cachalote que pode medir 18m e pesar mais de 60 toneladas. São mais de oitenta espécies subdivididas em seis grupos diferentes:

1. Família Delphinidae (golfinhos e orcas): encontrados em todos os oceanos do planeta e, em alguns casos, em grandes desembocaduras de rios.

Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).  Foto: Leo Francini.
Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).
Foto: Leo Francini.
Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).  Foto: Leo Francini.
Golfinho-comum ou golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus).
Foto: Leo Francini.
Orca (Orcinus orca). Fonte: Wikipedia
Orca (Orcinus orca).
Fonte: Wikipedia
Orca (Orcinus orca). Fonte: saudeanimal.com.br.
Orca (Orcinus orca).
Fonte: saudeanimal.com.br.
Golfinho-de-dentres-incompletos (Steno bredanensis). Fonte: saudeanimal.com.br.
Golfinho-de-dentres-incompletos (Steno bredanensis).
Fonte: saudeanimal.com.br.

2. Família Monodontidae (narvais e belugas): vivem apenas em regiões polares. O narval tem apenas um enorme dente de marfim, com 2,5 metros de comprimento, que se projeta para fora da boca e se localiza na parte frontal da cabeça. Atinge 6 metros de comprimento e pesa cerca de 2 toneladas, e é caçado por conta do marfim de suas presas.

Narval (Monodon monoceros). Fonte: saudeanimal.com.br.
Narval (Monodon monoceros).
Fonte: saudeanimal.com.br.
Narval (Monodon monoceros). Fonte: oversodoinverso.com.be
Narval (Monodon monoceros).
Fonte: oversodoinverso.com.be
Beluga (Delphinapterus leucas) Fonte: saudeanimal.com.br.
Beluga (Delphinapterus leucas)
Fonte: saudeanimal.com.br.

3. Família Phocoenidae: pequenos cetáceos semelhantes aos golfinhos, mas não têm bico. A principal característica desses animais é a forma dos dentes, que são arredondados e achatados nas extremidades, distintos dos dentes cônicos dos golfinhos. Mais comuns no Hemisfério Norte, as vaquitas são pequenos golfinhos que vivem no norte do Golfo da Califórnia e são os cetáceos mais ameaçados do mundo.

Golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica) Fonte: Wikipedia
Golfinho-de-óculos (Phocoena dioptrica)
Fonte: Wikipedia
Boto-do-índico (Neophocaena phocaenoides) Fonte: Wikipedia
Boto-do-índico (Neophocaena phocaenoides)
Fonte: Wikipedia

4. Família Physeteridae (Cachalotes): animais de hábitos oceânicos, que realizam mergulhos profundos em busca de suas presas.

Cachalote (Physeter macrocephalus) Fonte: saudeanimal.com.br.
Cachalote (Physeter macrocephalus)
Fonte: saudeanimal.com.br.
Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga
Cachalote (Physeter macrocephalus)
Foto: Pedro Madruga
Cachalote (Physeter macrocephalus) Foto: Pedro Madruga
Cachalote (Physeter macrocephalus)
Foto: Pedro Madruga

5. Superfamília Platanistoidea (botos de água doce): 5 espécies, a maioria de água doce, que vivem em rios da Ásia e da América do Sul. Estão entre os cetáceos mais ameaçados do planeta. Um platanistídeo famoso e conhecido na nossa cultura é o boto-cor-de-rosa da Amazônia.

Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) Fonte: globoamazonia.com
Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)
Fonte: globoamazonia.com

6. Família Ziphiidae (baleias-bicudas): animais raros de águas profundas. Com dimensões apreciáveis (4 a 12 m para a baleia-bicuda-de-baird, 1 a 10 toneladas), podem também ser chamadas de baleias-bicudas, zífios, baleias-nariz-de-garrafa e baleias-de-bico, por possuírem um focinho pronunciado.

Balea-de-bico-baird (Berardius bairdii). Fonte: saudeanimal.com.br.
Balea-de-bico-baird (Berardius bairdii).
Fonte: saudeanimal.com.br.

O crescimento populacional de baleias é utilizado por pesquisadores como indicador da saúde do ambiente marinho. Na maioria das espécies, o filhote permanece com a mãe cerca de dois anos. No caso das orcas, os filhotes ficam junto de suas mães durante toda a vida. Como as fêmeas geram um filhote por gestação e demoram entre dois e seis anos para ter outro, as populações desses animais não crescem lentamente e, por isso, são vulneráveis a impactos ambientais.

Os cetáceos, em geral, são animais de topo de cadeia e, portanto, não possuem muitos predadores naturais. O maior predador destes animais somos nós, humanos. E somos diretamente responsáveis pela extinção de algumas das espécies desse grupo.

No próximo artigo irei abordar os impactos que nós, humanos, e todo nosso progresso, causa sobre esses organismos. Existem problemas além da caça/pesca que afetam esses animais. Não percam!

Duvidas ou sugestões, escrevam para: renata.porcaro@gmail.com


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